O Que Nunca Te Ensinaram de Política
Stephen
Charles Kanitz
A maioria dos alunos brasileiros acha que no
Brasil temos duas facções políticas, a Esquerda e a Direita. A primeira é a ética, e a altruísta, a segunda,
precisa ser combatida a ferro e fogo.
Mal sabem que no Brasil existe um único partido.
No Brasil, a extrema direita se une com a extrema direita esquerda para
explorar a classe média. Isto está ocorrendo na França, Estados Unidos,
Argentina e no Brasil.
Por isto, os bancos apoiam tanto o PSDB, porque
Gerdau, Abílio Diniz e Eugênio Staub contribuíram tanto para a campanha da
Dilma. Os donos do capital, os banqueiros e as empresas
familiares se unem com a extrema esquerda, os sindicalistas, e ambos assim
dividem o poder.
São incentivos fiscais, Zonas Francas, empréstimos
do BNDES, Banco Central que salva um único setor da economia e não os demais, é
a economia dirigida, as obras milionárias para empreiteiras gigantes de um lado
e bolsa tudo, seguro desemprego, aposentadorias grátis, e assim por diante.
Para a classe média sobra somente os impostos.
Ambos os grupos se locupletam, e quem paga a conta
é a classe média que não é mais representada em nenhum país do mundo.
A classe média é de centro. Isto porque não tem como viver do capital de um pai
rico, e não tem como pleitear bolsa família. Não é um excluído, nem mãe solteira, nem um velho
aposentado que não leu a fábula da Cigarra e da Formiga.
A classe média percebe que terá de trabalhar para
viver, que tudo que ganhar será do seu próprio esforço e não do seu pai rico,
ou de um Estado mais rico ainda.
Esta classe média, composta de Profissionais
Liberais, empreendedores, inventores, inovadores, escritores, advogados,
arquitetos, contadores, engenheiros, médicos, enfermeiras, pilotos, taxistas,
sapateiros, pipoqueiros, professores, aqueles que vivem do seu próprio trabalho
e antigamente se uniam nos Partidos Liberais, que não existem mais na face da
terra.
Nos Estados Unidos só têm os Republicanos que
querem redução dos ganhos de capital, e Democratas que querem Saúde Grátis, e
mais 47 benesses, pelo Príncipe Obama.
Os Liberais querem que simplesmente os deixem
trabalhar, que retirem a carga tributária das costas deles, que reduzam a
burocracia em tudo que eles têm que fazer.
Nos Estados Unidos já dizimaram a classe média
americana, que ficou sem partido e não sabe em quem votar.
No Brasil fizemos pior.
Roberto Mangabeira Unger escreve com todas as
letras que o Estado precisa cooptar a Classe Média, oferecendo Ensino
Universitário grátis, empregos públicos vitalícios para os concursados, pensão
para filhas solteiras de militares e outras benesses como Lucro Presumido,
etc..
Metade da nossa classe média já foi cooptada.
Inclusive eu, que dependo de uma aposentadoria pública de Professor da USP.
Jornalistas e Professores Universitários, que
ganham 10 vezes o salário mínimo deste país, deveriam a rigor serem Liberais,
Neo-Liberais, Social-Liberais, ou Comunitarios-Sociais, enfim. Ganham pelo seu
trabalho intelectual. Eles não vivem do capital que acumularam e herdaram nem
têm mil auxílios do Estado, mas mesmo assim preferem defender os interesses de
seus patrões, donos de jornais, ou das outras classes que não as suas. É
chique!
Assim é que as civilizações foram lentamente
desaparecendo, a Egípcia, Maia e Asteca. Os Príncipes (Empresários), Sacerdotes
(Intelectuais) e os Arrecadadores de Impostos (Economistas) ficaram lentamente
sozinhos, sem ter os Arquitetos, Contadores, Engenheiros, Agricultores,
Administradores, Escritores, a classe média que mantinha as técnicas daquelas
Civilizações.
É um tiro no pé, mas é o tiro que já nos demos, ao
criar a ditadura do Partido Único, da união da direita e esquerda, do Maluf e
Sarney com Lula e José Dirceu.
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