quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Crônicas - Porque É Domingo


Porque é domingo

Dia de vontade de fazer nada, com uma boa dose de preguiça e muito o que fazer na cama.


Preguiça. Sono. Vontade de nada. Os olhos mal se abrem. Uma ida rápida ao banheiro e cama de novo.

É domingo. Sem agenda. Sem programação. Sem compromisso. Sem despertador ou telefone tocando.

Na fresta da cortina confere o tempo. “Nublado, parece que ainda sai sol. Por mim, fica assim.”

São dez horas. “Nossa, já?!”

Abraço, aconchego, carinho, carícia, sexo. Papo. E mais papo.

Lembranças de infância, família, amigos.

Formulações. Elaborações. Debates. Embates. Discordâncias. Descobertas. Beijos. Juras.

“Onde almoçamos hoje?”

“Não sei.”

São 11 e meia.

“Não vamos sair daqui?”

O tempo continua nublado. Está frio. Abraços. Beijos. Carinhos. Carícias. Sexo.

Papo. Mais papo. O amigo chato do trabalho. A irmã pentelha. O patrão inconveniente. A vizinha escandalosa. A festa de ontem.

“Ah, que dor de cabeça!”.

Fofoca. Muita fofoca. A roupa espalhafatosa da anfitriã. A periguete. O falastrão insuportável. Aquele candidato que se acha a cereja do bolo.

Quase 1 hora.

“Que frio bom!”

Abraços. Mais abraços. Carinhos. Carícias. “Toc-toc. Mãe, posso entrar?”

Artigo da autoria de Giovana Damaceno.
Jornalista e cronista. Editora de redes sociais e de conteúdo web do UniFOA.
Autora de "Mania de Escrever" e de "Depois da chuva, o recomeço".

Acesso em 2012-11-26


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