Ditadura Militar
Jornalista
PAULO MARTINS - GAZETA DO PARANA
Está
aí uma ditadura pior do que aquela que hoje insistem em apelidar de
"ditadura
militar".
Como
nos dias de hoje, naquele período fui também um crítico.
Não
lembro de ter sido perseguido, como insistem em afirmar que era o hábito da
época aqueles que, por falta de argumento para uma retórica razoável, apelam
sem disfarces para o desvirtuado e corrosivo "ouvi dizer".
Que
ditadura era aquela que me permitia votar? Que nunca me proibiu de tomar uma
cervejinha num desses bares da vida após as vinte e três horas?
Ou
num restaurante de beira de estrada? Que ditadura era aquela que (eu não fumo)
nunca proibiu quem quer que seja de fumar?
Que
ditadura era aquela que nunca usou cartão corporativo para as primeiras damas
colocarem até botox no rosto ou para outros roubarem milhões de reais do povo
brasileiro?
Vi,
sim, perseguições, porém contra elementos de alta periculosidade à época, como
o eram os Zés Dirceus, Zé Genoino, Dilma Roussef – a Estrela – Marco Aurélio
Garcia, Diógenes, o assassino do Capitão Schandler, como os que colocaram
bombas em lugares públicos, como aquela no aeroporto de Guararapes, cujo
resultado foi a morte de gente inocente, ações de subversivos que desejavam
implantar no Brasil um regime comunista, e para tal seguiam planos de formar
nas selvas o que hoje, na Colômbia, chamam de FARCs.
Que
ditadura era aquela que permitia que a oposição combatesse o governo, como
ocorria com deputados como Ulisses Guimarães, apenas para se citar um nome?
Que
ditadura era aquela que jamais sequer pensou em proibir a população de usar
armas para se defender, como hoje criminosamente pretendem?
Que
ditadura era aquela que em nome da democracia, jamais admitiu invasão de
propriedades e jamais sustentou bandidos com cestas básicas em acampamentos e
jamais impediu a policia de agir, como a ditadura de hoje?
Que
ditadura engraçada aquela que chegou a criar até partido de oposição!
Curiosa
essa democracia de agora, em comparação ao que chamam de "ditadura
militar", "democracia que permite que ladrões do dinheiro público
continuem ocupando cadeiras no parlamento e cargos no governo e tolera até
mesmo um presidente alegar que "não sabia", para fugir de sua responsabilidade
para com a causa pública.
Que
ditadura militar era aquela que jamais deu dinheiro de mão beijada para
governantes comunistas, amigos de presidente, como ocorre com a ditadura de
hoje e, contra a qual não nos permitem sequer contestação?
Que
ditadura era aquela que jamais proibiu a revelação das fuças de bandidos em
foto e TV como ocorre na "democracia" de hoje, numa gritante e
vergonhosa proteção do meliante, agressor da sociedade?
Escuta
telefônica, eis mais uma ação da "democracia" de hoje e proibida à
época "daquela ditadura militar". Ah...é verdade...Aquela ditadura proibia
casamento de homem com homem, sexo explícito na TV alcançando crianças, proibia
a pouca vergonha e não dava folga para corruptos que eram cassados quando
prevaricavam, sem permitir que a sociedade fosse punida com a permanência no
palco da corrupção dos delinquentes, que hoje fazem CPIs para tapearam a
sociedade e se escalam às mesmas como raposas cuidando do galinheiro.
Caetano
Veloso está quieto em relação a essa ditadura que hoje aí está.
Apostasia
de "seu ideal"? À época lançou a música "É proibido
proibir". Hoje se cala. O que ajudou a promover, junto com Chico Buarque,
Gilberto Gil e outros, está no poder. Que pelo menos altere o nome da música
para os dias de hoje para: "É permitido proibir". E que vá se catar.
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