quarta-feira, 8 de maio de 2013

GOVERNO QUER "IMPORTAR" 6.000 MÉDICOS CUBANOS - A VERDADE


GOVERNO QUER "IMPORTAR" 6.000 MÉDICOS CUBANOS

A VERDADE. Na pratica o que o PT está querendo é impor, à força e à revelia do CRM, a co-validação de um bocado de "diplomas" obtidos pelos filhos de amigados, de simpatizantes, incompetentes que foram para passarem no vestibular de medicina no Brasil e que por isso foram "fazer" medicina em Cuba. São "médicos" treinados para tratarem, no máximo, de medicina tropical (malária, febre amarela, desnutrição, etc) mas que não sabem sequer o que é um ultrassom, uma cintilografia ou o que é uma glândula, uma hipófise, uma tireoide. Primeiro virão os "médicos" brasileiros formados em Cuba. Depois disso, virão os "médicos" brasileiros formados na Venezuela, no Paraguai, em Angola, e por aí vai.

Porque será que não há nenhuma disposição do governo de atrair médicos norte-americanos, canadenses, franceses, alemães, suecos, australianos, japoneses ou sul-coreanos? 

Sabe por que? Porque médicos verdadeiros, que estudaram, que são profissionais sérios, não aceitam (sejam brasileiros, europeus, norte americanos ou asiáticos) a arapuca que é trabalhar no serviço de saúde pública brasileiro onde um médico só serve para assumir a culpa pelas mortes, não por sua omissão ou incompetência, mas mortes provocadas pela falta de custeio operacional, não é nem de investimentos. São os Postos de Saúde e Hospitais públicos sem remédios, sem material, sem alimentos para os que precisam ficar internados, sem energia para fazer os equipamentos funcionarem, sem laboratórios para os exames. Não têm nem roupas para os pacientes. 

É por isso que não tem médicos no interior. Nenhum médico, em sã consciência, irá assumir, mansamente, a culpa pelas mortes decorrentes da omissão dos governantes.

Outra prova disso é que nas capitais, onde tem muitos médicos, as pessoas continuam a morrer diariamente, milhares de pessoas, por pura falta de condições mínimas de funcionamento dos equipamentos de saúde pública. Morrem porque não tem leitos para se internarem. Morrem porque faltam remédios. Morrem porque o sistema obriga o médico a fazer uma consulta em 5 minutos (os médicos do INSS são obrigados a cumprirem uma cota diária de atendimentos que em muitos casos chega a 12 consultas por hora). MORREM PORQUE FALTA TUDO. 

Acho que uma ideia muito melhor seria importarmos "políticos" de países sérios, países onde a corrupção, a falta de ética pública, o desvio de dinheiro público tem como consequência a cadeia, a cassação dos mandato e a devolução do dinheiro público desviado. Países onde assassinos, sequestradores, ladrões, golpistas, enfim, marginais, têm como lugar certo a cadeia e não o parlamento ou a cadeira de governantes. Países onde não basta simplesmente ir à televisão e desmentir as denúncias dizendo que estão sendo "vítimas de uma perseguição política" ou que nada sabiam. Por isso, concordo com a ética daqueles países onde LUGAR DE POLÍTICO MARGINAL É A CADEIA OU O CEMITÉRIO.

terça-feira, 26 de março de 2013

Crônicas - Barrigudinho


A VANTAGEM DE  NAMORAR UM BARRIGUDINHO!!!

Carla Moura, Psicóloga e Especialista em Sexologia

Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.

Se for musculosa, torneada, estilo tanquinho, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.

Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. 

Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. 

E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam.

Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar.

Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz..

Outra coisa fundamental:

Homens barrigudinhos são confortáveis
!

Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Dia Internacional da BARRIGA - Está chegando

CHEGA DE VIADAGEM!

O mundo inteiro sabe que quem gosta de homem bonito são os viados. Mulher quer homem inteligente, carinhoso e boa praça. Por isto está sendo lançado  o DIA INTERNACIONAL DOS BARRIGUDOS.

Chega de ter a consciência pesada após beber aquela cervejinha, ou aquele vinho, e comer aqueles petiscos. Chegou a sua vez!! Salada é o cassete!!

Nosso Lema: "Mais vale um barrigudinho bom de cama, do que um gostosão fracassado".

Nosso ídolo: "Homer Simpson".

Passe a diante para todos os barrigudos e simpatizantes!!

P.S.: E mandamos um recado para você "sarado gostosão": Enquanto você malha, sua namorada está tomando cerveja num motel, com um barrigudo! e Homem com mais de 40 anos sem barriga, só pode ser viado. Rssssss!!!!!!!!!

domingo, 10 de março de 2013

Política - Lei da Sêcanagem


Lei da Sêcanagem
Desconhecido

Se você for com seus filhos, noras, genros e netos almoçar fora no domingo e tomar 1 ou 2 chopps, ou 1 ou 2 copos de cerveja no almoço e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.

Se você comer 1, 2 ou 3 bombons, tomar remédio para a tosse ou tomar homeopatia e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.

No entanto, se você se drogar. Se fumar maconha, cheirar cocaína ou fumar crack, ficar doidão e for parado numa blitz, nada vai acontecer.

Se você roubar, assaltar, estuprar, atropelar ou matar alguém, com um bom advogado, o máximo que vai acontecer é você esperar o julgamento em liberdade ou se for condenado ir para o regime semiaberto.

Já se você roubar milhões de reais do povo ou dos cofres públicos, várias coisas podem acontecer: vai passar 15 dias num resort na Bahia em companhia da amante; vai ser empossado deputado federal; vai ser eleito presidente do Senado; vai se eleger deputado ou senador; vai ser nomeado ministro ou para um alto cargo no Governo; ou até mesmo ser eleito presidente da República.

Ah! Um detalhe. Se você tiver menos de 18 anos completo, aí você pode roubar, assaltar, estuprar, até matar, que não tem problema, você não pode ser preso porque é menor. Só não pode comer bombom, tomar xarope prá tosse ou tomar homeopatia, porque aí, se você for parado numa blitz você vai preso.

Porque será que não existe coerência, discernimento e bom senso neste país? Talvez um dia o povo aprenda a votar e mudar o Brasil.

Parece piada, mas não é.

Este é o Brasil, o país da Corrupção, da Impunidade e da Incoerência.

E viva os nossos deputados, os nossos senadores e os nossos governantes e principalmente o povo capacho que aceita tudo calado, não se revolta e ainda vota neles.

Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia (Sheakespeare, em Hamlet).

A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la (Eduardo Galeano).

O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certeza (Bukowski).   

Um abraço.  

Além de tudo isso, lamentavelmente, segundo dados estatísticos do IBGE/MEC há no Brasil, 110 milhões de eleitores, adultos maiores de 25 anos, que não concluíram o primário. Esperar o que, em que votam? Abraços

Acesso em 2013-03-06

sexta-feira, 8 de março de 2013

Crônicas-Quando o Silêncio É A Melhor Alternativa


QUANDO O SILÊNCIO É A MELHOR ALTERNATIVA

Heloisa Lima

Não vi a comentada entrevista da Xuxa no Fantástico deste domingo, dia 20/05/12. Mas não pude ignorá-la por muito tempo, pois a primeira notícia que recebi no dia seguinte, logo cedo, foi:

"- Cê viu que a Xuxa foi abusada na infância?"

Fora o surrealismo da revelação, ocorreu-me que aquela, certamente, não era a notícia que desejava ouvir logo no início da semana. Afinal, como uma mulher de 50 anos, aparentemente esclarecida, só agora, passado todo esse tempo, resolve falar sobre algo tão grave?

E por que me irritou tanto esta informação? Parei para refletir sobre o motivo deste sentimento e, confesso, não foi difícil descobrir.

Esta senhora, lá pelos seus primórdios, vivia no mesmo condomínio do meu irmão, no Grajaú, Rio de Janeiro. Lembro-me das minhas sobrinhas, ensandecidas, indo buscar as grotescas sandalinhas cheias de brilhos no apartamento dela, na esperança de encontrar o Pelé que, vira e mexe, dava as caras por lá.

Desde os seus 20 e poucos anos de idade, ela comanda programas infantis cuja tônica é erotizar precocemente as crianças, transformando meninas em arremedos de mulheres sem se preocupar com sua vulgarização.

Os programas que comandou sempre tiveram como mote atropelar o desenvolvimento infantil em sua exuberância repleta de etapas simbólicas.
Pasteurizou os encantos desta fase empenhando-se em exaltar a diferença entre possuir e não possuir os produtos que anunciava ou que levavam sua grife tais como sandálias, roupas, maiôs, lingeries, xampus, bonecas, chicletes, cosméticos, álbum de figurinhas, cadernos, agendas, computadores, sopas, iogurtes, etc., num universo insano onde ela, eternamente fantasiada de insinuante ninfeta, faz biquinho e comanda a miúda plebe ignara.

Cientes estamos todos de que esta senhora, durante muitos e muitos anos, defendeu zelosamente seu polpudo patrimônio utilizando-se da fachada de menina meio abobada que sequer sabia quantos milhões possuía. Costumava dizer que era a sua empresária que administrava suas posses cujo montante alegava, candidamente, desconhecer. Pobre menina rica. E burra, com certeza. Como se fosse possível alguém tão tapada tornar-se tão rica.

Talvez para esconder a consciência que tinha acerca do quanto ajudou a devastar a inocência de tantas gerações de meninas que lhe devotavam a mais pura idolatria, posou de inocente útil usando a mesma máscara que agora reedita para falar, emocionada, do seu mais novo pretenso drama/marketing.

Esqueceu-se que sua audiência, formada, na sua massacrante maioria, por meninas, passou a ser considerada como alvo da desumana propaganda colocando-as como mero veículo de consumo.

Esqueceu-se, convenientemente, de comentar que milhares de garotas pelo Brasil afora foram abusadas sexualmente ao mesmo tempo em que eram, por ela, adestradas a vestirem-se e comportarem-se como verdadeiras lolitas.

Esqueceu-se de que ensinou atitudes claramente ambivalentes para crianças que não faziam a mais pálida ideia do que podiam mobilizar em mentes doentias.

Esqueceu-se de que a erotização tem sido ligada a três dos maiores problemas de saúde mental de adolescentes e mulheres adultas: desordens alimentares, baixa autoestima e depressão.

Esqueceu-se também que as crianças, diariamente bombardeadas com imagens de paquitas como modelos de uma beleza simplesmente inalcançável enquanto corpos reais, torturavam-se perseguindo um modo de serem belas, perfeitas, saudáveis e eternas.

Estimulando a sexualidade de forma tão precoce, essas meninas perderam grande e preciosa fase do seu desenvolvimento natural. E reduzir o período da inocência, certamente, acarretou-lhes desdobramentos nefastos.

Daí para ideia, cada vez mais presente, da infância como objeto a ser apreciado, desejado, exaltado, numa espécie de pedofilização generalizada na sociedade foi, apenas, um pequeno passo.

Num país onde as mães deixam suas crias, por absoluta falta de opção, frente à tevê sem qualquer tipo de controle e sem condições para discutir o conteúdo apresentado, encontrou esta senhora terreno mais que propício para disseminar sua perversa e desmedida ganância por audiência e dinheiro.

Fosse ela uma pessoa minimamente preocupada com a direção que a sexualidade exacerbada e fora de contexto toma, neste país onde mulheres são cotidianamente massacradas, teria falado sobre este suposto drama muito tempo atrás. Teria tido muito mais cuidado com os exemplos de exposição que passava. Teria norteado seu trabalho dentro de parâmetros muito mais educativos e, desta forma, contribuído para que milhares de meninas fossem verdadeiramente cuidadas e respeitadas.

Ou teria simplesmente virado as costas e ido embora.

Logo, frente ao seu histórico, não tem mesmo nenhuma autoridade para sustentar qualquer atitude fundamentada em belos e necessários méritos.

Porque são de grandes valores, bons princípios e atitude exemplares que nossa sociedade necessita de maneira URGENTE.

Portanto, CALE-SE, XUXA!

Heloisa Lima
Psicóloga Clínica - Maio de 2012.

Acesso em 2012-07-15

quarta-feira, 6 de março de 2013

Crônicas-A Escutatória


Escutatória

Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito”. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade:

A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança...Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...Pensamentos que ele julgava essenciais.

São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades. Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou.

Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência...E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.

No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.

Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...

Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

terça-feira, 5 de março de 2013

Imagens de Fortaleza - Banco Frota Gentil

Banco Frota & Gentil, na esquina das ruas Floriano Peixoto e Senador Alencar

O Meu Amor-Precisamos Ter Amantes


PRECISAMOS TER AMANTES

Dr. Jorge Bucay

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são essas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores. 
Elas me contam que suas vidas transcorrem monotonamente e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram de dizer que estão simplesmente perdendo a esperança. 

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE! 

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu veredicto, Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!" Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais. 

Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas com o meu conselho, eu explico o seguinte: AMANTE é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. 

O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro mas que nos desperta as maiores paixões e sensações indescritíveis. 

Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho quando é vocacional, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto... Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "durar". 

E o que é "durar"? Durar é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é a preocupação com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva. 

Durar é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo contentar-se com a incerta e frágil sugestão de que talvez possamos fazer amanhã. Por favor, não se empenhe em "durar", procure um amante, seja também um amante e um protagonista ... da vida. Pense que o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. 

O trágico é não se animar a viver; enquanto isso, e sem mais delongas, procure um amante...

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental: "Para estar satisfeito, ativo e sentir-se feliz, é preciso namorar a vida."

Tradução do original: Hay que buscarse un amante

segunda-feira, 4 de março de 2013

Crônicas - O Desacordo Ortográfico da Língua Portuguesa


O Desacordo Ortográfico da Língua Portuguesa

José Maurício Guimarães

No dia 1º de janeiro de 2009 escrevi um texto que deu início a uma série de postagens no meu blog Ekislibris -www.zmauricio.blogspot.com – e no envio de e-mails aos meus pacientes leitores. Eu estava com medo de escrever. Anunciava-se, a partir de então, o início do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Entrei em pânico, apesar dos anunciados quatro anos para nos adaptarmos às metamorfoses empurradas goela abaixo: o prazo terminaria agora, em 2013. Para Portugal, o prazo fixado foi maior, pois eles não aceitariam (como acabaram não aceitando) essas broncas invenções desajeitadas e toscas que só beneficiam a preguiça e a incompetência.



A abolição do trema só foi providencial para os delinquentes que já não tremem nem temem; a mudança no ditongo aberto fez que assembleia não tivesse mais o acento, só assentos (nada foi dito se esses assentos continuariam a ser ocupados por parlamentares; um golpe a mais e todos os acentos haveriam de cair, se é que vocês me entendem). Mas houve benefícios extensivos ao povo em geral: ninguém mais sentiu enjôo e sim enjoo, um bom começo para quem viaja de navio ou assiste às novelas e programas de domingo na tv. Para internacionalizar cada vez mais o idioma dominante (o inglês) foram incluídas, definitivamente, as letras k, w e y. Os teclados de alguns aparelhos já não contemplam o acento grave (isso é grave), nem o circunflexo, nem o til. A cedilha já teria morrido há muito tempo se bondosos nerds não tivessem preservado o sutil rabinho da letra ‘c’ com que se escreve inguinorança. 



Mas como era de se prever, um decreto presidencial publicado às pressas no dia 28 de dezembro 2012, adiou a obrigatoriedade de uso do Acordo para 1º de janeiro de 2016. “Vai mudar muito pouco a realidade brasileira”, afirmou com cândida obviedade o professor e membro da Academia Brasileira de Letras, Domício Proença Filho – noutras palavras: se vocês pensavam que o acordo ortográfico resolveria os graves problemas nacionais (saúde, educação, cultura, PIB, royalty do petróleo-é-nosso, mensalões, operação porto-seguro, drogas, violência) estiveram muito enganados. “O que vai acontecer, explicou Proença Filho, é que as regras vigentes vão continuar convivendo com as novas regras”. Seria trágico se não fosse cômico! Prevalecerá, isto sim, a pachorra brasileira: seguiremos em convívio (ou conluio) com o besteirol, tudo “como dantes no quartel de Abrantes”, com as coisas mal resolvidas criadas pelo sistema (entendam ‘quartel de Abrantes’ no sentido napoleônico e figurado). Quanto a isso, o noticiário nos informa que o adiamento da vigência do acordo ortográfico teve apoio de muitos políticos, pois alguns deles ainda estão sendo alfabetizados.



Quatro anos depois de minha profecia, os doutos acadêmicos constataram que a mídia brasileira, com pouquíssimas exceções, adotou as novas regras. Como vocês podem ver, em matéria de profecia eu sou melhor do que os maias. Quanto à ortografia, continuo o mesmo: errando e acertando, apesar das muitas gramáticas e compêndios que comprei na vã tentativa de entender esse acordo ou (patuscada) de Babel.



Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe que assinaram o acordo em 1990 e já começavam a escrever português errado, entraram em pânico. O Timor-Leste, que ainda não era uma nação independente, só aderiu ao acordo em 2004, mas também entraram em pânico.



Que geringonça: em Portugal, a reforma foi ratificada e promulgada em 2008 e as novas regras entraram em vigor em maio de 2009, mas com a previsão de se tornarem obrigatórias após seis anos, ou seja, em 2015. Moçambique diz que não aceitará pressão sobre prazo para adotar acordo e, juntamente com Angola, não ratificou o documento. Já se fala numa guerra de línguas no continente africano: os que usam trema atirarão hífens e circunflexos sobre seus inimigos de fronteira. A ONU pensa em intervir substituindo o português pelo esperanto. Os pessimistas afirmam que no futuro só haverá duas línguas: os pobres falarão espanhol e os ricos, o inglês. Mas os otimistas (alquimistas e magos) afirmam que só “haverão” duas línguas, o português e o portoseguro. 



Enquanto isso, as editoras aproveitam para desovar nas liquidações os estoques antigos (com trema) e lançar novas edições (sem trema) muito mais caras.



É o preço que estamos pagando antes da Copa (facilis aditus); os juros serão cobrados em 2015 (difficilis exitus)*. Até lá, sigam meu conselho: escrevam como bem entenderem.

..........................

(*) facilis aditus, difficilis exitus: expressão latina referente ao labirinto - fácil de entrar, difícil de sair.



sábado, 2 de março de 2013

Crônicas - Faixa Etária 40 / 50 ou Mais - Mário Prata


Faixa Etária 40 / 50 ou Mais

Mario Prata

Não tenho estatísticas em mãos e nem sei se existe alguma coisa a respeito das mulheres dos 40 aos 50 ou mais, sobre seu estado civil.

Mas, se eu for pensar em minhas amigas que estão por aí, posso afirmar que a grande maioria está separada, e com filhos. E achando que nunca mais vão conseguir outro homem. E se acham horrorosas.

Como eu sou de uma faixa um pouquinho acima, vou meter meu bedelho. Eu dizia que elas se acham acabadas. Por que elas não se consideram achadas? As mulheres de 40/50 ou mais têm várias vantagens. A primeira é que já tiveram os filhos que tinham de ter e a gente não precisa se preocupar com a possibilidade de elas quererem mais um, justamente com a gente, que não está mais a fim de trocar fralda, ir à reunião de pais e filhos e vigiar a maconha na adolescência. Esta parte elas já resolveram.

Outra vantagem é que elas sabem que Cinema Novo não é aquele cineminha que inauguraram outro dia no shopping. Cantam as músicas dos Beatles com a gente e também não sabem muito bem quem são Oasis. Lembram até da Copa de 1970, no México, e algumas delas chegaram a ver o Pelé jogar. Sabem até a medida da Marta Rocha.

Sexualmente sabem tudo. E como! Tiveram mais homens que possa imaginar nossa filosofia. Aquele negócio de ter orgasmo assim ou assado (assado é péssimo) elas já resolveram há mais de uma década. E já viveram o suficiente para se dar ao luxo de filosofar sobre a vida, sem aquelas bobagens que as meninas de 20 pensam e dizem e, às vezes, até escrevem em diário.

Neste momento, o computador acaba de me avisar que chegou uma mensagem nova. Fui olhar e era mais uma daquelas perguntando se eu quero aumentar o tamanho de meu pênis. Tem até a foto de um aparelho que "infla". Você já pensou, na hora de fazer sexo, você abrir o guarda-roupa, tirar aquela geringonça (a máquina, não a sua) e dizer: um momentinho que você vai ver o que é bom pra tosse?

Não, as mulheres de 40/50 ou mais há muito tempo deixaram de se preocupar com o tamanho da geringonça. Com elas é "menos" preliminar e mais ação. A mulher de 40/50 ou mais vai direto ao assunto. Elas já perceberam que podem comer, e não apenas dar. As mulheres de 40/50 ou mais comem como gente grande, comem como homem. E a gente dá, com prazer.

A mulher de 40/50 ou mais já tomou aqueles porres memoráveis de quando
tinha trintinha. Ela sabe beber.

Ah, a mulher de 40/50 ou mais no verão chega a seu esplendor debaixo do sol. Sabe a medida certa de sua cor e de seu suor. Sai da água como se saísse de um aquário, como se desfilasse em cima da água.

Não acampa mais, nem fica em pousada sem internet. A mulher de 40/50 ou mais sabe onde quer ficar. Gosta de um confortinho...

Enfim, a mulher de 40/50 ou mais sabe tudo e não está nem aí. 

Por que então você sofre, mulher? O mundo não está perdido, está achado. 

Você é o melhor papo da praça. Você é o que há".

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Crônicas - O Direito ao Foda-se - Millor Fernandes


O DIREITO AO FODA-SE

Millor Fernandes

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala". Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O” foda-se!”aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor, reorganiza as coisas, me liberta.

"Não quer sair comigo? Então foda-se!“.Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!" O direito ao "foda-se!”deveria estar assegurado na Constituição Federal”.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que ingará plenamente um dia. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "pra caralho"? Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho . O Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!" O "Não, não e não!" é tampouco e nada eficaz e já em nenhuma credibilidade. O "Nem fodendo!" é irretorquível e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo: “Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!”. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa, e você fecha os olhos e volta a curtir a sua musica.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente possível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!”ou “ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O “porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os "aspone", ”chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.

Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

“Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!!!”

Millor Fernandes

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Imagens de Fortaleza - Praça do Ferreira Atual


O Meu Amor-Para Ser Feliz


Para Ser Feliz

Mário Quintana

Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com uma outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela...

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.


O segredo é não correr atrás das borboletas...é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Crônicas - Você É Um Envelhescente?


VOCÊ É UM ENVELHESCENTE?

Mário Prata
O Estado de S. Paulo -  1993

Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.

Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a ENVELHESCÊNCIA.

A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhecescência, já notou como ela é parecida com a adolescência?

Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:

- Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?

- Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.

- Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.

- Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...

- Os adolescentes não têm idéia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso.

- Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes... Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.

- Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.

- Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente.

- Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.

- O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.

- Ambos adoram deitar e acordar tarde.

- O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).

- O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.

- Ambos bebem escondido.

- Os adolescentes fumam maconha escondido dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.

- O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está mentindo.

- A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 45 aos 60. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.

- Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:

- É um eterno envelhescente!

Que bom.
Mario Prata.